Na mais recente edição da revista Filme Cultura (n. 60, jul-set. 2013), o livro Cinematographo em Nictheroy foi resenhado pelo seu editor, o crítico de cinema e jornalista Carlos Alberto Mattos. Transcrevo um trecho do ótimo texto:
"Cinematographo em Nictheroy é um trabalho de pesquisa hardcore, minuciosamente costurado através de jornais e referências de artigos, livros e dissertações. [...] Rafael articula a evolução do circuito cinematográfico com o desenvolvimento do núcleo urbano da cidade e suas degradações, as mudanças nos costumes da população e a concorrência de outras formas de entretenimento - sendo o cinema o único regular e o mais popular. [...] A história da exibição no Brasil pode também ser contada através desse microcosmo da 'cidade-sorriso': dos cinematógrafos de barracões e salões improvisados aos cinemas de quintal e aos prédios art noveau; da tela de pano ao panorâmico Cinemascope, o 3D, os drive-ins, cineclubes, salas de galeria e multiplexes".
Baixe o PDF da revista e veja a resenha completa aqui.
Outro excelente comentário sobre o livro foi feito por Carlos Roberto de Souza - pesquisador de cinema brasileiro, pós-doutorando na UFSCar e funcionário de longa data da Cinemateca Brasileira -, em e-mail pessoal ao autor, parcialmente transcrito abaixo:
"Afinal fui até o ponto final do Cinematographo em Nictheroy.
E fiquei muito contente com o todo. [...] Confesso que fiquei
impressionado. Claro que é impossível pra alguém que não conhece nem a
geografia nem as ruas e os prédios acompanhar a narração como seria desejável.
A gente vai seguindo os movimentos narrativos e o que ele conta. E fiquei
chocado como uma cidade pode ser tão claramente a ilustração do desastre
urbanístico brasileiro por motivos políticos e econômicos. Juro que quase
chorei de tristeza no último capítulo só de pensar no pior que ainda pode vir
pela frente. Daí veio o seu epílogo pessoal que situa a tua própria vida nessa
fase final da história que você acabou de narrar. Da tua vida, conta pouco, [...] mas conta bonito e acaba
banhando tudo em poesia. [...]."
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